Na manhã desta quarta-feira (18), aconteceu no Casarão Marcílio Dias, sede da Secretaria da Cultura e do Turismo, as palestras de conscientização sobre Abuso Infantil. 

Nesta mesma data é o Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual Infantil, também conhecida como Maio Laranja. Essa campanha visa o combate à esse crime. E esta data foi determinada oficialmente pela Lei 9.970/2000, em memória à menina Araceli Crespo, que foi sequestrada, violentada e assassinada em 18 de maio de 1973.

Na ocasião estavam presentes, o prefeito, Roberto Justus; a juíza diretora do Fórum da Comarca de Guaratuba, Marisa de Freitas; a secretária da Educação, Fernanda Monteiro; a secretária da Cultura e do Turismo, Maria do Rocio Bevervanso; a diretora geral da Secretaria do Bem Estar e da Promoção Social, Maricel Auer; a representante do Centro de Referência Especializado de Assistência Social – CREAS, Letícia de Lima Strozzi; o presidente do Conselho da Criança e Adolescente, Fabio Schultz; a coordenadora do Centro Municipal de Atendimento Educacional Especializado – CMAE, Taina Eunice Smeck; o presidente do Conselho Tutelar, Renan Augustho do Nascimento; as servidoras lotadas na Secretaria da Educação, os estudantes do Colégio Estadual Gratulino de Freitas, além de professoras, diretoras e coordenadoras da rede municipal de ensino.

A coordenadora do CMAE, Tainara Smeck, ministrou uma palestra sobre o papel da Educação em relação a este tema, além dos procedimentos corretos a serem tomados. Também explicou sobre os sinais que as crianças apresentam, como mudanças de comportamento, expressão por desenhos, sendo de extrema importância o professor estar atento aos sinais e encaminhá-los, caso haja qualquer suspeita de abuso. 

O prefeito, Roberto Justos, parabenizou pelas palestras e organização do evento, bem como ressaltou a importância da capacitação em Escuta Especializada, principalmente para os professores, que são os que mais recebem suspeitas de casos de violência.

A secretária da Educação, Fernanda Monteiro, cumprimentou a todos e comentou sobre o tema:

“Nós sabemos que a escola muitas vezes, é para o aluno, o único referencial de segurança. E o nosso papel é fundamental para identificarmos e darmos vasão à esses casos. A primeira figura profissional que a criança admira é professor, é nele que ela se inspira e confia. Então eu acredito que a nossa maior arma, é essa, o amor e a confiança das crianças. É por isso que nós estamos reunidos hoje, para entendermos como nós podemos desempenhar cada vez melhor esse papel”

concluiu

A representante do Centro de Referência Especializado de Assistência Social – CREAS, Letícia de Lima Strozzi, explanou sobre qual é o papel do CREAS em casos de abuso infantil. Também explicou sobre a Lei da Escuta Especializada e do Depoimento Especial que é regido pela lei n° 13.431/2017, bem como os tipos de violência seja ela, física, sexual, psicológica ou institucional. E finalizou explicando sobre a Revelação Espontânea, que acontece muitas vezes na escola, com o professor em que a criança confia. Com relação a isto, o professor deve estar informado e atento de que a criança está o mais confortável possível para falar sobre o assunto, bem como só poderá realizar perguntas amplas, como “Quem fez?” ou “O que aconteceu?”. 

O presidente do Conselho Tutelar, Renan Augustho do Nascimento, explicou o papel do Conselho Tutelar frente a este caso, e que a denúncia, pode ser feita diretamente ao Conselho. Também informou que atendeu 15 demandas neste trimestre, e neste mês de maio, mais três casos ainda não foram contabilizados.

“Todos os dados que nós geramos, são dados que nos deixam tristes pelo nosso município”

afirmou

Por fim, a juíza diretora do Fórum da Comarca de Guaratuba, Marisa de Freitas, explicou o processo desde a identificação da suspeita, até o momento em que é julgado no tribunal. A criança não é envolvida neste processo, quando o caso é levado ao tribunal, a criança é levada à um espaço lúdico, acompanhada de um psicólogo que iniciará uma conversa para testar a memória da mesma. Somente a juíza e demais pessoas no tribunal poderão vê-la e ouvi-la. Primeiramente é realizado perguntas que não são relacionadas ao dia em que aconteceu o abuso, com o intuito de deixar a criança confortável, bem como, para que ela se acostume a responder as perguntas. Posteriormente, o profissional direciona as perguntas para o dia do crime, e com a resposta, a juíza poderá dar andamento ao caso. Todo o processo é realizado com muita cautela, e principalmente com profissionais aptos nesta área. 

Se você conhece alguém que sofre qualquer tipo de abuso, denuncie! Disque 100.

Você pode acessar a galeria de fotos da palestra no portal da prefeitura: http://portal.guaratuba.pr.gov.br/noticia/2412/titulo/abuso-infantil-secretaria-da-educaaao-promove-evento-com-palestras-sobre-o-tema